A Copa de 1966 foi combinada... e outras 26 teorias da conspiração malucas sobre futebol
MESSI E INIESTA MANDARAM MENSAGENS CODIFICADAS PARA A MILÍCIA SÍRIA
Você poderia imaginar que Lionel Messi se tornar o maior goleador da história do Barcelona foi a coisa mais fantástica a acontecer no “Clasico” de 2012 com o Real Madrid. Mas estaria errado. Foi durante este jogo, segundo a TV estatal Síria, que Messi e seus amigos enviaram mensagens codificadas para os rebeldes daquele país do Oriente Médio devastado pela guerra. Eles teriam revelado o melhor jeito de contrabandear armas para a Síria por meio de seus belos padrões de passes.
“Aqui nós vemos o primeiro estágio, em que armas são enviadas pelo Líbano”, disse a matéria no canal Al Dunya, completado por um gráfico mostrando o mapa da Síria e um passe entre Messi, Andrés Iniesta e Pedro.
A COPA DE 1958 NUNCA ACONTECEU
“Konspiration 58”, um “mocumentário” sueco feito em 2002, afirma que a Copa de 1958 aconteceu em um estúdio de filmagem em Los Angeles, não na Suécia, como parte de um experimento da CIA para testar o poder de propaganda televisionada.
A prova? Prédios suspeitos na parte de trás dos jogos, fotos editadas de botas e as sombras dos jogadores, que não poderiam ter sido produzidas pelo sol no verão escandinavo.
Quando rolam os créditos, uma declaração revela que o filme do diretor Johan Lofstedt foi uma tentativa de explorar os equívocos do revisionismo histórico, especialmente das negativas sobre a existência do Holocausto, e que todos os participantes do filme entraram conscientemente na trama.
WENGER CONTRATOU BERGKAMP DO JAPÃO
Revelado como jogador do Arsenal em maio de 1995, Dennis Bergkamp foi a contratação que ajudou o time inglês a se livrar da imagem de “jogo chato” e se transformar em algo mais amigo dos olhos.
O novo treinador dos “Gunners” na época, Bruce Rioch, declarou: “Espero que a chegada do Dennis mostre a todos os torcedores que o Arsenal está planejando um futuro ambicioso para si mesmo”. Isso, vale dizer, se Rioch tivesse qualquer envolvimento com a contratação de Bergkamp.
Desde então, surgiu a história de que ninguém menos do que Arsène Wenger, então o técnico do time japonês Grampus Eight, tinha aconselhado os “Gunners” a levar o holandês para Highbury. Isso significaria que Wenger já era o chefe de fato do Arsenal um ano antes de assumir o posto? Muito provavelmente...
CANTONA FOI CONTRATADO PARA VENDER CAMISAS. JOËL CANTONA, NA VERDADE…
Depois de passar a maior parte de sua carreira de modo inexpressivo em uma boa variedade de times franceses, o zagueiro Joël Cantona – irmão caçula de Éric, que estava no Manchester United – seguiu tanto para o Stockport quanto para o Peterborough para testes em 1993. Enquanto isso, seu irmão famoso arrebentava a boca do balão no estádio Old Trafford.
Infelizmente Joël falhou em deixar sua marca no Reino Unido. Os torcedores do Peterborough sugeriram que ele só foi contratado para que o departamento comercial pudesse vender algumas camisetas com o nome “Cantona” escrito nas costas. Infelizmente para o Posh (apelido do Peterborough), nenhuma camisa ficou pronta antes de Joël cruzar o Canal da Mancha de volta para a França. Sem fazer nenhuma aparição sequer pelo time britânico.
ARGENTINA BATIZOU A BEBIDA DO BRASIL
Um jogo de Copa do Mundo entre o Brasil e a Argentina sempre será cercado por ódio, paixão e não pouca habilidade – mas tranquilizantes?
Foi o que o lateral da seleção, Branco, disse estar convencido de ter acontecido depois que o fisioterapeura Miguel Di Lorenzo, ao atender um jogador “Albiceleste” caído, lhe passou uma garrafa de água. Dois dias depois, Branco se queixou de se sentir tonto e enjoado depois de beber o que ele acreditava ser uma água “batizada”. Feita especialmente para ele.
Em 2005, Diego Maradona deu a entender que a história era verdadeira em uma entrevista na TV. “Veja, não estou dizendo que não aconteceu”, suspirou o técnico Carlos Bilardo pouco depois, com o rosto crispado de quem segura uma risada. O futebol tem seu próprio Watergate. Literalmente!
15 MINUTOS DE VERGONHA NO HIGHFIELD ROAD
Enquanto os Sex Pistols enchiam maio de 1977 com conspirações para derrubar um certo “regime fascista”, os fãs do Sunderland dirigiam sua ira contra o então gerente executivo do Coventry City, Jimmy Hill.
Com os Black Cats (apelido do Sunderland), os Sky Blues (apelido do Coventry City) e o Bristol City brigando para não cair para a segunda divisão no último dia da temporada, os últimos dois times se enfrentaram no estádio Highfield Road, casa do Coventry City, em um jogo que foi atrasado em 15 minutos, a mando de Hill, por conta de um “congestionamento de gente”.
Assim que o apito final decretou a derrota do Sunderland por 2 a 0 para o Everton, o que significava que o empate de 2 a 2 entre o Coventry e o Bristol salvaria os dois, o resultado do outro jogo foi imediatamente anunciado pelos alto-falantes. Imagine 22 jogadores aliviados enrolando durante 15 minutos com a bola em campo...
“CRUYFF, CHAMPANHE E GAROTAS NUAS”
Poucos negam que houve uma festa sem roupas (nem as de banho) na piscina que reuniu a seleção holandesa, que havia acabado de chegar à final da Copa de 1974, e uma multidão de beldades alemãs. Fale com a mulher de qualquer jogador da época e elas dirão “meu marido não estava lá”.
O tablóide alemão Bild publicou a história no dia anterior à final contra os visitantes, sob o título sensacionalista “Cruyff, champanhe e garotas nuas”.
A maioria acredita que Johan Cruyff não estava lá, mas suas tentativas de aplacar a fúria de sua mulher invadiram a noite. No dia da final, ele teria jogado “como um farrapo”, segundo seu irmão Hennie. A Laranja Mecânica perdeu a final por 2 a 1.
GOLEIRO DEIXA UMA PASSAR PELO PAÍS DE GALES
Uma coisa é dizer que Dan Lewis é lembrado por fazer uma das maiores trapalhadas da história de uma final da Copa da Inglaterra. Outra completamente diferente é dizer que ele fez isso de propósito.
O goleiro do Arsenal, um orgulhoso galês que tinha feito sua estreia internacional apenas dois meses antes, assistiu com agonia a bola se enfiar por baixo de seu braço para o único gol da final de 1927. Que permitiu ao Cardiff City, um time também galês, levar o troféu para o outro lado da Severn Bridge pela primeira vez na história da competição.
A ORDEM DO GOVERNO IRANIANO PARA O TIME “PEGAR LEVE”
Precisando de uma vitória contra a medíocre seleção do Bahrein para garantir uma classificação automática para a Copa de 2002, o Irã sucumbiu por um placar de 1 a 0. Alguns dias depois, uma tempestade estourou depois de jornalistas investigativos alegarem que o time recebeu a ordem de “pegar leve” – por seu próprio governo islâmico linha-dura.
A transcrição de uma suposta conversa sigilosa entre um jornalista e um ministro do governo dizia: “O governo do Irã acredita que é indesejável ter um grande número de jovens juntos nas ruas de Teerã. Isso ocorreu durante a última Copa do Mundo, depois que o Irã venceu os EUA. Houve episódios reprováveis de bebedeira”.
ÁRBITRO COMPRADO NA COPA DOS CAMPEÕES ROUBA O DERBY COUNTY
Enquanto o Derby County de Brian Clough viajava para Turim para a semifinal da Copa dos Campeões da UEFA de 1973, a lenda do Juventus John Charles avisou o Old Big ‘Ead (apelido de Clough) que o meio-campo do Juve, Helmut Haller, tinha bom trânsito com o juiz Gerhard Schulenburg.
Assim, quando o assistente de Clough, Peter Taylor, viu Haller acompanhando seu compatriota ao vestiário no intervalo, ele correu atrás deles. “Haller me deu um soco nas costelas e, enquanto eu tentava recuperar o fôlego, uns gorilas me tiraram de lá”, disse Taylor depois.
Os “Rams” perderam de 3 a 1 graças ao que o “The Sun” descreveu como “uma das arbitragens mais incríveis já vistas”.
O REGIME DE FRANCO AMEAÇOU O BARCELONA
Voltando de uma vitória de 3 a 0 sobre o Real Madrid na Copa del Generalisimo em 1943, no primeiro jogo da semifinal, o Barcelona tinha certeza de que pegaria o Athletic Bilbao na final. Mas tinha gato na tuba.
Ávido em mostrar sua autoridade na copa que levava seu nome, o general Franco multou os catalães pela torcida barulhenta contra o Real Madrid e a festa “mais do que exuberante”. Antes do jogo da volta, em Madri, José Finat – diretor-geral de Segurança Nacional de Franco – “lembrou” ao time de Barcelona: “Vocês só estão jogando graças à generosidade do regime, que perdoou sua falta de patriotismo no primeiro jogo”. O Real venceu por 11 a 1.
FIFA TRAIU MARADONA
Amaldiçoado por uma tireoide hiperativa, Diego Maradona estava lutando para perder alguns quilos antes da Copa de 1994. Alguns dirão que ele também tinha uma imaginação hiperativa, especialmente depois que a estrela argentina foi pega usando efedrina durante o torneio.
Maradona disse que a Fifa havia prometido fazer vista grossa a suas tentativas de perder peso porque eles precisavam dele para vender ingressos. Quando se lembraram de que era uma Copa do Mundo e de que não precisariam de ajuda extra na bilheteria, eles “perseguiram” o pobre Dieguito. Esses vilões...
ÁRBITROS CONSPIRARAM CONTRA TIMES BRITÂNICOS
Nos anos 1960, o lendário jornalista esportivo Brian Glanville falava às vezes no “acerto dourado” – um “esquema” que grandes clubes na Itália teriam com árbitros para garantir que seus times prosperassem tanto na Série A quanto em competições europeias.
Em 1965, com o Liverpool liderando por 3 a 1 no primeiro jogo em Anfield, o time de Bill Shankly foi batido por 3 a 0 pelo Internazionale no San Siro, o que levou um diretor do Liverpool a dizer: “Eles nunca deixarão um time britânico na Copa dos Campeões”.
Ian St. John teve o que parecia ser um gol legítimo anulado, enquanto o árbitro espanhol validou dois gols suspeitíssimos do Inter.
ÁRBITRO BOICOTOU O LEEDS DE DON REVIE EM 1973
“O Johnny Giles, que não estava jogando aquela noite devido a uma lesão, nos disse na hora do almoço que o boato era que não poderíamos vencer, não importava o quão bem jogássemos.” As palavras são de Peter Lorier, lenda do Leeds. Assistindo à gravação do jogo da final da Recopa da UEFA de 1973, é difícil discordar.
O gol que deu a vitória ao Milan foi feito perto dos 4 minutos por um tiro indireto de Luciano Chiarugi, mas o Leeds teve várias reclamações de pênalti não concedidos e Norman Hunter foi expulso, entre acusações de que o árbitro Christos Michas tinha sido subornado. O Leeds tentou e não conseguiu um novo jogo. Michas depois foi banido pela vida toda da arbitragem pela UEFA por ter arranjado resultados em outros jogos.
MESSINA ERA FINANCIADO PELA MÁFIA
Depois de ir à falência no começo dos anos 1990, o clube siciliano Messina foi comprado por um magnata local da construção, Pietro Franza, em 1997. Seu time conseguiu cinco subidas de categoria em oito anos até ganhar o bilhete dourado para a Série A em 2004.
Fãs do rival siciliano Palermo imediatamente cercaram rádios locais, dizendo que Franza havia subornado juízes com a ajuda da máfia. Depois de uma investigação da polícia, a coisa toda foi considerada um boato.
Sem saber, o próprio Franza foi vítima da máfia. O Messina só mudou para seu belo novo estádio, o San Filippo, com uma capacidade de 38 mil pessoas, em 2004. Ou com 14 anos de atraso. Depois disso, ele declarou nova falência em 2008 e o dinheiro do clube acabou, tendo muito certamente ido parar nas mãos de mafiosos.
ATACANTE DO SHEFFIELD UNITED FOI VENDIDO PARA FAZER UM ESTÁDIO
“Parecia que todo mundo, fora eu, sabia que eu estava a caminho do Leeds”, deu de ombros Mick Jones, antigo atacante do Sheffield United. Em março de 1967, o time de Bramall Lane entregou sua estrela para seus arquirrivais.
Por anos, persistiram rumores de que Jones foi vendido para que o clube conseguisse dar um jeito em seu campo maluco, que era compartilhado com o Yorkshire County Cricket Club. O conselho negou peremptoriamente a acusação, mas apenas dois anos depois da venda de Jones, os “Blades” (apelido do Sheffield United) anunciou que Bramall Lane seria dedicado ao futebol e que um novo estádio seria construído.
RONALDO JOGOU POR ORDEM DA NIKE
Balançando um pedaço de papel com a mesma veracidade de Neville Chamberlain ao proclamar “paz para nosso tempo” meses antes da Segunda Guerra Mundial, o comentarista John Motson refletiu sobre a confusão que circundava a saída e o retorno súbitos do atacante Ronaldo à lista de titulares da final da Copa de 1998 no Stade de France.
Parecendo e jogando como um fantasma, o desempenho pálido de Ronaldo logo levantou a suspeita de que a Nike, patrocinadora da seleção, havia forçado o Fenômeno a jogar contra sua vontade depois de o atacante sofrer um mal estar inexplicável pela manhã. Houve até uma CPI para investigar as relações próximas do gigante de roupas esportivas com o futebol brasileiro.
MUSSOLINI FEZ A MONTI UMA OFERTA QUE ELE NÃO PODIA RECUSAR
Essa conspiração alega que agentes secretos viajaram para a Copa de 1930 para agir como recrutadores pessoais do ditador Benito Mussolini. O Duce queria “convencer” o meio-campo argentino Luis Monti a trocar de camisa para vestir a dos Azzurri na edição seguinte da Copa, que Mussolini estava determinado a sediar.
Ameaças de morte teriam sido feitas contra a mãe italiana do craque e a lenda ainda diz que Monti estava em prantos no intervalo da final. A Argentina estava batendo o Uruguai por 2 a 1 e eventualmente perdeu por 4 a 2. Monti mudou de time ao final daquele ano e venceu a Copa de 1934, na Itália, como um cidadão italiano.
A PULSEIRA DE BOBBY MOORE E A POLÍCIA SECRETA DA COLÔMBIA
Foi o escândalo que abalou a zaga da Inglaterra na Copa do Mundo de 1970, mas a pergunta que ninguém consegue responder é: por que Bobby Moore foi acusado de roubar uma pulseira de esmeraldas de joalheiros na Colômbia?
O zagueiro do West Ham ficou em prisão domiciliar por quatro dias até sua libertação ser garantida por pressão do primeiro-ministro Harold Wilson e pela falta de qualquer, como diremos, evidência.
Dois anos depois, documentos vazados sugeriram que foi um golpe deliberado do serviço secreto colombiano, potencialmente para arrancar dinheiro ou como uma trama sul-americana para desestabilizar o jogador mais importante da zaga que defendia o título obtido em 1966.
NEYMAR NÃO ESTAVA REALMENTE MACHUCADO NA COPA DO MUNDO
De acordo com guerreiros de teclado sem nada melhor para fazer, Neymar não machucou as costas nas quartas de final da Copa de 2014 e estaria em perfeitas condições para a final se a Alemanha, que terminaria campeã, não tivesse enfiado uma goleada de 7 a no Brasil nas semifinais.
Os Illuminati que criaram a teoria também tinham “evidências”. Enquanto era levado ao hospital depois de levar uma joelhada nas costas de Juan Zuniga, da Colômbia, Neymar cobriu sua cara com um pano (“Não devia ser ele!”), fotos dele não mostravam uma tatuagem proeminente (“Não teve Photoshop!”) e suas notas médicas foram destruídas para proteger sua privacidade (“AH, MEU DEUS, ERA DEFINITIVAMENTE UM NEYMAR FALSO!!!”).
A MORTE FALSA DO POLVO PAUL, O ADIVINHO
John Kennedy, Elvis e o Polvo Paul: você tem de ser seriamente famoso para ter uma teoria da conspiração sobre sua morte. Quando o cefalópode adivinho bateu as 8 botas na tenra idade de 2 anos, em outubro de 2010, a cineasta chinesa Jiang Xiao disse estar “60% ou 70%” certa de que Paul tinha morrido na metade da Copa.
Jiang disse que foi “meio estranho” o aquário ter oferecido ajuda para seu filme apenas poucas semanas antes da morte do molusco. “O filme é sobre desvendar os bastidores do milagre do octopus”, disse ela, “então eles ficaram nervosos”. Lógico que sim...
PERU ENTREGA JOGO POR GRÃOS ARGENTINOS
Quando a Argentina, dona da casa, bateu o já eliminado Peru por dois gols a mais do que os 4 de que precisava para ir à final da Copa de 1978 no lugar do Brasil, não demorou muito para que surgissem gritos de suspeita contra os eventuais campeões.
Antes do jogo, o ditador Jorge Videla, acreditando que um triunfo na Copa do Mundo pudesse limpar a imagem tóxica do país, ofereceu ao governo peruano 35 mil toneladas de grãos, o descongelamento de US$ 50 milhões em bens e a chance de ver alguns de seus prisioneiros políticos desaparecerem em troca do placar necessário. Em 2012, o ex-senador peruano Genaro Ledesma, um dos tais prisioneiros, confirmou ao juiz argentino Norberto Oyarbide que o resultado foi armado.
OS NAZISTAS MATARAM MATTHIAS SINDELAR
Desde que o time do jogador austríaco Matthias Sindelar humilhou a Alemanha Nazista em um amistoso em 1938, feito para facilitar a integração depois que a Áustria foi anexada, o chamado Mozart do Futebol teria virado carta marcada.
Em menos de um ano, o jogador de 35 anos estava morto. Dependendo de em quem você acredite, Sindelar e sua namorada, Camilla Castagnola, cometeram suicídio, foram as vítimas azaradas de uma chaminé defeituosa ou foram mortos pela Gestapo por
suas crenças pró-judeus e pela recusa levemente rude do jogador em integrar o time nazista. É pouco provável que a verdade algum dia seja conhecida.
AS COPAS DE 1966 E DE 1974 FORAM ARMADAS
Qualquer conspiracionista lesado pode criar uma teoria, mas, quando um ex-presidente da Fifa diz que as Copas de 1966 e de 1974 foram armadas, você provavelmente deveria ficar de orelha em pé.
“Planejou-se que os países-sede deveriam vencer”, anunciou João Havelange em 2008. Quem o brasileiro acha que saiu mais prejudicado? Bem, o Brasil, obviamente. “Nós éramos os melhores do mundo, com os mesmos times que haviam ganhado a Copa em 1962, no Chile, e a de 1970, no México.”
As provas de Havelange? Árbitros britânicos e alemães que teriam permitido táticas de briga de rua para quebrar o “jogo bonito”. Não é exatamente um cano fumegante, João.
LASANHAGATE DO TOTTENHAM TERIA SIDO CAUSADO POR CHEF “GOONER”
O Marriott Hotel do Canary Wharf já disse uma vez que pode “satisfazer os paladares mais exigentes com uma abordagem moderna”. Então, na noite antes do dia da final da temporada de 2005/2006, uma diarreia tomou conta da equipe do Tottenham como um tsunami, o que custou ao time de Martin Jol um lugar na Liga dos Campeões, cedido ao Arsenal. O que disparou as línguas sobre o clássico londrino.
Apesar de o hotel ter sido absolvido de qualquer malfeito, isso não parou os paranóicos de sugerir que um chef “gooner” (torcedor do Arsenal) tivesse batizado a lasanha que derrubou 10 do time do Tottenham. Houve até quem dissesse que o próprio Arsène Wenger, técnico do Arsenal, estava por trás do prato italiano bichado.
DINAMARCA E SUÉCIA CONSPIRARAM NA EURO 2004
“Os italianos devem gostar de pensar de um jeito maquiavélico”, disse o então incrédulo técnico da Suécia, Lars Lagerbäck, enquanto seu time se preparava para enfrentar a Dinamarca na fase final de grupos da Euro 2004. Ele sabia que um empate de 2 a 2 seria o único resultado capaz de garantir que os dois times escandinavos seguiriam adiante na competição, deixando a Itália para trás, “mas não seria possível jogar por um empate de 2 a 2. Seria um resultado muito incomum”.
O gerente da Dinamarca, Morten Olsen, estava tão cético quanto Lagerbäck. “É ridículo”, despejou o executivo por detrás de seus óculos. “Somos pessoas honestas.”
O placar final? Claro que sim… “2 a 2!”, gritava a primeira página de um jornal sueco. “Parabéns, Itália, acertou na gorjeta.”