Classificadas! As 50 melhores camisas de futebol… da HISTÓRIA
O QUE FAZ UMA GRANDE CAMISA DE FUTEBOL?
Infelizmente, a resposta não é “qualquer uma que não a camisa do Norwich de 1992 a 1994”. Ela é o que parece? Quem a vestiu? Que títulos foram vencidos com ela? Ela te faz sorrir? Mareja seus olhos? Bem, é tudo isso e talvez nada disso. Camisas de futebol são entidades completamente subjetivas, muito difíceis de avaliar. Mesmo assim, ainda podemos concordar sobre muitas das belezas que existem por aí.
No livro “The Football Shirts Book” (“O Livro das Camisas de Futebol”, sem tradução no Brasil), Neal Heard se dispõe a celebrar mais do que o mero design. “Acho que é mais sobre compartilhar memórias com as pessoas”, ele diz. “Gosto do fato de que, em todo o planeta, você pode vestir uma camisa e ser parado por alguém que te fará a pergunta imortal: ‘Onde você a conseguiu?’.”
50. GAMBA OSAKA, camisa titular (1996-97)
O espalhafato da J-League, a liga japonesa de futebol: o crescendo dos relâmpagos – descendo apropriadamente sobre o logo da Panasonic no peito – é eletrizante.
49. EUA, camisa reserva (1994)
Mais lembrada por Alexi Lalas – o gigante com barba de mago para quem uma pontinha como parte do Night’s Watch, de Game of Thrones, ainda deve ser verossímil. Esse uniforme “nada é mais americano” trazia uma estampa de jeans e estrelas gigantes. Era como nada que se tivesse visto até então.
48. GREENBANK U10S (2006)
Em 2006, um grupo de 10 moleques de Lincoln pediu a Lemmy que os deixasse usar seu famoso logotipo do Motörhead em suas camisas – e o mestre do metal permitiu, acrescentando: “Chutem tudo muito forte”. Ele eventualmente encontrou a molecada. Ace!
47. ESCÓCIA, camisa titular (1978)
Archie Gemmill encobriu o goleiro da Holanda na Copa do Mundo de 1978 para fazer um dos gols mais bonitos de todos os tempos neste torneio – e ele ficou muito legal no belo desenho da Umbro, com o logo se espalhando ao longo das mangas.
46. BLYTH SPARTANS, camisa titular (1993-94)
A genialidade da revista Viz é certamente uma das maiores contribuições do nordeste do Reino Unido para a cultura britânica – e seu patrocínio ao Blyth era muito pertinente, ao mesmo tempo em que dava uma aparência excelente.
45. MILAN, camisa titular (1989-90)
Poucos times tão bons, poucas camisas tão belas: diga “Milan” a fãs com uma certa idade e eles não conseguirão deixar de imaginar Gullit, Rijkaard e Van Basten posando com essa camisa, do alto de seu brilhantismo em campo.
44. PSG, camisa titular (1993-94)
Algumas vezes, mais é realmente mais: uma colisão maluca de faixas que se alargam e se afinam, cores fortes e patrocinadores jogados em sua cara – e mesmo assim essa camisa parisiense, de alguma forma, funciona.
43. NEWPORT COUNTY, camisa titular (2004-05)
Os anos dourados do rap cômico galês. Animados por seus sucessos internacionais “Guns Don’t Kill People, Rappers Do” (Armas não matam pessoas, rappers fazem) e a mordaz crítica social de “Your Mother’s Got a Penis” (Sua mãe tem um pênis), o grupo Goldie Looking Chain (corrente que parece de ouro), de Newport, se tornou patrocinador de seu time no FAW Premier Cup, a Copa Galesa, e colocou um gigantesco GLC na camisa. Com direito à correntona de rapper e tudo.
42. BARCELONA, camisa titular (1982-89)
Outro time com muito poucas camisas ruins em seu catálogo histórico graças a uma combinação fantástica de cores e a uma execução simples. A mais bonita talvez seja a da década em que a marca local Meyba – mais conhecida por seus trajes de banho – fez a camisa.
41. COLORADO CARIBOU, camisa titular (1978)
A NASL (liga norte-americana de futebol) sempre jogou nas fronteiras do aceitável – é o jeitão americano – e nunca mais do que com essa camisa do Caribou. Ela trazia uma franja de rodeio logo abaixo do peito, o que fazia o time de Denver – criado e desfeito no mesmo ano – parecer uma ridícula companhia de dança. Feia pra diabo, mas ainda assim fantástica.
40. FIORENTINA, camisa titular (1992-93)
Foi um ano difícil em campo – a Fiorentina caiu da Série A – e também para os designers da Lotto, que só notaram depois que sua camisa estava lotada de suásticas. O “La Viola” alegou que foi algo acidental, mas a camisa foi tirada de circulação só por prevenção.
39. MADUREIRA (2013)
O time carioca colocou o encrenqueiro argentino Che Guevara em sua camisa – e não apenas por torcer que ela fosse vendida a universitários: ela marcava os 50 anos da visita do clube a Cuba, onde Guevara ainda vivia, e o encontro com o marxista de boina depois de um jogo.
38. TAMPICO MADERO (1980-82)
A região de Tamaulipas, no México, é conhecida pelos jaibas, caranguejos azuis muito apreciados na culinária local. Logotipos de garras de caranguejo estão espalhados por todo canto, de bancos de praça a ônibus. Foi apenas natural que o time – apelidado de Caranguejos Bravos – levasse as coisas a um novo patamar.
37. BÉLGICA (1984)
Metade camisa, metade a parte de trás de cartas de baralho: eis o sonho de consumo dos fãs de camisas de futebol dos anos 1980 e uma das camisas internacionais mais bem pensadas de todos os tempos. Um marco criativo da Adidas.
36. TAMPA BAY ROWDIES (1978-81)
Um dos melhores esforços na breve NASL: um ótimo esquema de cores verde e branco e uma fonte que você associaria mais a um poster de rock’n’roll.
35. ATALANTA, camisa reserva (1991-93)
Algo do tipo “ame ou odeie” – e estamos firmemente entre os do primeiro time. Alguns uniformes de futebol criados por escolas de arte são horríveis, mas essa tentativa de bico de pena – coisa clássica do começo dos anos 1990 – era muito chique.
34. FRANÇA (1982)
OK, França, a gente admite: suas camisas são “le bomb”. O azul escuro, as faixas centrais e o galinho orgulhoso tornam essa camisa algo a cacarejar alto para os amigos – especialmente considerando que um timaço dos “Bleus” a vestiu na Copa de 1982.
33. CCCP, a URSS (1970)
A máquina vermelha da União Soviética conseguiu chegar entre os 8 primeiros da Copa de 1970, no México, onde ela foi eventualmente derrotada pelos uruguaios. Ainda assim, ela caiu enquanto parecia ameaçadoramente afiada com seu uniforme simples, completado pelo assustadora vestimenta toda preta do goleiro Lev Yashin.
32. NEW YORK COSMOS (1979)
Desenhado por Ralph Lauren, essa camisa foi a prova cabal de que o Cosmos não era realmente sobre futebol, mas sobre se mostrar no Studio 54 ao lado de Andy Warhol e David Bowie. Ainda assim, o logotipo era brilhante. E, com Carlos Alberto, Franz Beckenbauer e Johan Neeskens todos do mesmo lado, o Cosmos podia jogar um pouquinho, também.
31. BRASIL (1986)
Não existe uma camisa feia do Brasil, mas essa safra em particular, vestida por Sócrates, Zico, Josimar e Falcão, é a camisa definitiva da Seleção.
30. GRÊMIO, camisa titular (1989-90)
Uma combinação de cores clássica do futebol brasileiro, enaltecida pelo logotipo costurado da fabricante e pelo do refrigerante patrocinador. Uma das camisas mais legais da América do Sul que você poderá ver algum dia.
29. ROMA, camisa titular (1981-82)
Outro clube que raramente apresenta uniformes fuleiros – é impossível que aquele esquema de cores e que as imagens de lobo falhem – o ápice do Roma veio em 1981/1982, com seu talento mais elegante, Falcão (apesar de seu mullet encaracolado), supostamente tendo dado seus pitacos no desenho.
28. NIGÉRIA, camisa titular (1994)
Os Super Eagles ficaram em primeiro lugar no grupo D na Copa de 1994 com seu uniforme de padrões africanos da Adidas apenas para nos negar um quinto jogo ao perder para a Itália nas oitavas-de-final. É uma pena que mais times não incorporem influências locais em seus uniformes como a Nigéria fez.
27. NAGOYA GRAMPUS EIGHT, camisa titular (1994-95)
Os uniformes da J-League sempre foram influenciados pela peculiar tradição artística e de desenho do Japão. Este, do Grampus Eight – vestido por Gary Lineker por duas temporadas – foi um tremendo sucesso.
26. OLYMPIQUE DE MARSELHA, camisa titular (1971/72)
Uma pioneira. Essa foi a primeira camisa a trazer algo que agora damos de barato: um logotipo de marca e um patrocinador. Mais do que isso, ela parece muito elegante.
25. ARGENTINA, camisa titular (1986)
Os zagueiros da Inglaterra viram muito a parte de trás dessa camisa enquanto assistiam Diego Maradona passar por eles seguidas vezes ao longo de 90 minutos na Copa de 1986, no México. Uma Copa em que o pequeno gênio argentino deixou todo mundo comendo poeira antes de levantar a taça. Icônica.
24. CORINTHIANS, camisa titular (1982-83)
Essa é carregada de significado político. Em 1982, os jogadores do time de São Paulo, em plena crise – incluindo Sócrates – tomaram o controle das operações diárias, com empregados, jogadores e comissão técnica recebendo direito a um mesmo voto nas decisões. Foi a chamada democracia corintiana. Ah, e ela era incrivelmente bonita, também.
23. FIORENTINA, camisa reserva (1996-97)
Roxo (mesmo que apenas como um detalhe, como aqui) é uma cor difícil de combinar e serve apenas para o casaco da Louca dos Gatos dos Simpsons, mas em Florença eles lhe dirão que é, na verdade, violeta e lhe mostrarão uma foto de Gabriel Batistuta na estica com essa camisa. Bônus para o Super Mario.
22. FRANÇA, camisa reserva (2011-12)
As camisas bretãs, com 21 listras horizontais (para cada uma das vitórias de Napoleão), são usadas pela Marinha francesa desde 1858, foram popularizadas por Coco Chanel em 1917 e ainda são uma parte importante das roupas casuais femininas ou dos trajes de marinheiro de alta costura de Jean Paul Gaultier. Nota máxima para os Bleus por abraçar a tradição com um esforço tão acertado para sua camisa reserva.
21. JUVENTUS, camisa titular (1983-84)
Um uniforme adequado aos campeões da Série A e da EuroCopa. Essa camisa belíssima da Kappa é um clássico de todos os tempos da Juve, conhecida por seu estiloso colarinho gigante, uma gola em V inteligente… e Michel Platini.
20. STOCKPORT COUNTY, camisa titular (1981/82)
Mesmo o mais fervoroso morador das ilhas Falkland acharia difícil negar que a camisa da seleção argentina é uma beleza. É uma pena que a homenagem do Stockport para ela tenha saído de circulação quando a Guerra das Malvinas explodiu no começo daquela temporada.
19. MANCHESTER CITY, camisa reserva (1988-90)
Uma das (muito) poucas camisas de futebol que poderiam ser vestidas sem receios na catedral do acid house da cidade natal do time, o Hacienda. Cuida da minha cerveja, Bez (dançarino do Happy Mondays)!
18. PAÍS DE GALES, camisa reserva (1980-83)
O País de Gales já produziu algumas camisas excelentes ao longo dos anos, e a melhor, em nossa opinião, é essa obscura amarela e verde dos anos 1980 a 1983. Pense em Ian Rush, Kevin Ratcliffe e Joey Jones em toda a glória da Adidas.
17. VERDY KAWASAKI, camisa titular (1993-94)
Provavelmente depois de passar o baseado por todo o quartel-general da Mizuno e pirar ouvindo “Anthem of the Sun”, do Grateful Dead, os designers começaram a criar esta maravilhosa camisa psicodélica do time de Tóquio. Como diria Patropi, おとこ(japonês pra “cara…”, caso você já não soubesse).
16. COLÔMBIA, camisa reserva (1990)
Higuita! Valderrama! Escobar! Rincón! Eles podem ter sido um time icônico, mas a Colômbia foi bem furreca na Copa de 1990, na Itália, saindo da fase de grupos em terceiro lugar até sofrer sua eliminação pelas mãos de Camarões. Pelo menos eles pareciam espertos enquanto tomavam uma sova de Roger Milla e companhia nesta camisa de um vermelho vivo, finalizada por barras simétricas chamativas nos ombros.
15. ATALANTA, camisa reserva (1990-91)
Apesar de ser um “copia e cola” do memorável uniforme alemão da mesma época, essa camisa tem um desenho magnífico. O esquema de cores dá a ela vantagem sobre uma das melhores camisas dos “Die Mannschaft”.
14. CLUB AMERICA, camisa titular (1994-96)
Parecendo invocar tanto El Cole, o Homem Pássaro da Colômbia, quanto o Carnaval carioca, essa camisa do time mexicano podia facilmente ter dado errado. No entanto, as cores primárias em mais destaque a tornam mais brilhante do que exagerada, enquanto o emblema continental dá o toque ideal.
13. SAMPDORIA, camisa titular (1991/92)
Os uniformes do Sampdoria são sempre sensacionais, mas essa edição, em particular – da temporada em que o time tirou por pouco o Scudetto de Inter de Milão e Milan – é o elegante estilo italiano em seu zênite. E ela ainda foi vestida pelos excepcionais “gêmeos terríveis” – Gianluca Vialli e Roberto Mancini.
12. TOTTENHAM, camisa titular (1985-87)
Bola dentro da Hummel, que bateu o pé em sua crença de que faixas descendentes sobre divisas funcionariam bem. E, por Jeová, funcionaram mesmo: essa camisa supermoderna dos Spurs da metade dos anos 1980 tinha um desenho brilhante, trazendo ainda mais divisas nas mangas e unindo todos estes elementos em uma área compacta. Ossie Ardiles nunca ficou tão bem em um uniforme.
11. MÉXICO, camisa titular (1998)
Um pouco de influência artística local sempre enaltece um uniforme, como é evidente neste caso, com a bem-vinda inclusão do deus asteca Quetzalcoatl – que aparentemente gostava de ficar bêbado tomando suco fermentado de agave e de dançar sensualmente com sua irmã em comemoração.
10. ASCOLI, camisa titular (1981-82)
Absolutamente arrasadora. Das listras de juiz de futebol americano ao patrocinador descolado “Pop 84 Jeans”, passando pelo emblema discreto, o Ascoli conseguiu superar o uniforme do Juventus com esse aqui. Bravo!
9. BASTIA, camisa titular (1978-79)
Sem patrocinadores, só uma versão gigante do escudo do time da Córsega e um acrônimo dominando essa maravilha da Adidas. Simples, efetiva e simplesmente bela.
8. NAPOLI, camisa titular (1990-91)
A camisa que seguiu a melhor época do Napoli: o segundo (e mais recente) Scudetto, Maradona em toda a sua pompa extravagante e uma camisa com emblema NR e o logotipo da Mars que é garantia de fazer os saudosistas da Série A suarem os olhos.
7. SAINT-ÉTIENNE, camisa titular (1980-81)
Nenhum time teve um “je ne sais quoi” tão sexy quanto o Saint-Étienne. Essa camisa é tão gaulesa que deveria estar de caso com seu vizinho de porta. O uniforme verde – preenchido por um enorme logotipo do patrocinador SUPER TELE, por que não? – ficava “magnifique” nos reis franceses, entre os quais podemos citar Jacques Santini e Michel Platini naqueles anos. Allez les Verts!
6. FRANÇA, camisa titular (1984)
E não é que o Platini era um menino sortudo? Antes de ele se tornar um figurão da UEFA, o mago francês era um dos jogadores de mais senso estético a pisar em um campo de futebol. Esse uniforme era seu par perfeito: uma obra-prima de camisa dos Bleus.
5. INGLATERRA, terceira camisa (1990)
Uma camisa que, verdadeiramente, nunca deveria ser admirável. Os diamantes sobrepostos que a Umbro amava às vezes causavam náuseas, mas funcionaram neste caso. Vestida com elegância sem esforço por Bernard Sumner, do New Order, no clipe de “World in Motion”, ela capta muito bem as boas vibrações daquele verão.
4. LAZIO, camisa titular (1982-83)
Outra criação brilhante da NR, cuja seleção de azul bebê com belas faixas só não lembrou uma camisa de bebê por conta da chamativa – ainda que levemente fascista – expansão do emblema da Lazio.
3. HOLANDA, camisa titular (1976)
Johan Cruyff era patrocinado pela Puma e arrancou uma das três faixas da inimiga mortal da empresa de sua camisa da Holanda – o que de algum modo a deixou ainda mais bonita. Tanto que ela até hoje é reproduzida apenas com duas listras em vez de três. É, provavelmente, a camisa mais bonita dos “Oranje” até hoje, no jogador mais estiloso do planeta.
2. BOCA JUNIORS, camisa titular (1981)
É difícil pensar em uma união mais perfeita de time, jogador e camisa icônicos: um Diego Maradona de cabelos esvoaçantes que ainda tinha bochechas de bebê quando vestiu a camisa mais legal da Argentina para fazer uma temporada maravilhosa antes de se unir ao Barça.
1. DINAMARCA, camisa titular (1986)
Muitos dos guerreiros nórdicos que venceram a EuroCopa 1992 estavam na Copa do Mundo do México, onde usaram a camisa mais bonita que já houve em uma Copa. Produzida pela Hummel, com sede em Aarhus, na Dinamarca, suas divisas chamativas e as listras fininhas e elegantes funcionaram maravilhosamente.